quinta-feira, 3 de julho de 2014



Rococó na arquetetura

        O rococó é um estilo que teve seu início na França como desdobramento do barroco. Desenvolveu-se na Europa do século XVIII,  marcado pelo exagero de curvas caprichosas e pela abundância de componentes decorativos como conchas, laços, flores e folhagens, que davam um toque de elegância e  requinte ao trabalho.  Marcado por suas cores claras em tons pasteis e douramentos. Reproduzia a vida mundana da classe nobre da época;Representação de Alegorias; Estilo decorativo; Trouxe leveza e graça a estrutura das construções com suas texturas suaves.
Há uma jovialidade na demasia da decoração, na teatralidade, na refinada artificialidade dos detalhes, e não conta com a dramaticidade pesada nem a religiosidade do barroco. Tenta-se, pelo exagero,  celebrar a alegria de viver, um espírito que está presente  se reflete inclusive nas obras sacras, em que o amor de Deus pelo homem assume agora a forma de uma infinidade de anjinhos rechonchudos. Tudo é mais delicado, como a tranquilidade da vida nas grandes cortes de Paris ou Viena. O estilo colorido e formoso prevalece nos adornos  da parte interna das igrejas, palácios e teatros, o estilo rococó rende frutos inquietantes também na pintura e na escultura. Nas arcadas das igrejas, essas formas foram muito utilizadas. A expressão máxima do rococó na construção dos palacetes foram os pequenos pavilhões e abrigos de caça dos jardins. Edificadas para o lazer dos membros da corte, essas construções eram decoradas com molduras em forma de argolas e folhas transmitindo uma atmosfera de mundo ideal. Compondo essa cena dissimulada, surgiam na cobertura, imitando o céu, imagens bucólicas em tons pastel. A arquitetura dos irmãos Asam é fundamental dentro do rococó. Tem-se como sendo a melhor representação do estilo, a Kaisersaal do Palácio de Wurzburg, onde a ornamentação chega a um grau de extravagância quase quebradiça, tamanha a minúcia. Por meio de adornos ilusionistas e figuras escultóricas que voam, as paredes quase desaparecem, num efeito mágico de leveza.Inaugurado em algumas salas de Versalhes, que desenvolve a sua magnificência em vários edifícios de Paris (especialmente o Soubise Hotel). Como um marco do rococó bávaro, temos a abadia beneditina de Ottobeuren, feita pelo arquiteto Baltazar Neumann, arquiteto adepto do Rococó, que entre sua sobras está a Igreja dos Santos na Fracônia com uma exuberante decoração Rococó, e sua notável obra, o palácio da Residência em Wurzburg, destinado a ofuscar todas as demais luxuosas  residências  da Alemanha, tendo bastante semelhança com o palácio de Versalhes, embora seja fundalmentalmente germânico. A estrutura da construção mostra não apenas a habiliddade arquetetônica de seu criador, mas também sua maestria como escultor e estucador.

Kátia Moura – Buritis MG



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