Neoplasticismo
O
Neoplasticismo defendia uma total limpeza espacial para a pintura, reduzindo-a
a seus elementos mais puros e buscando suas características mais próprias. A
necessidade de ressaltar o aspecto artificial da arte (criação humana) fez com
que os artistas deste movimento (notadamente Mondrian
e Theo van Doesburg) usassem apenas as cores primárias (vermelho,
amarelo,
azul)
em seu estado máximo de saturação (artificial),
assim como o branco
e o preto
(inexistentes na Natureza, o primeiro sendo presença total e o
segundo ausência total de luz). Claramente um movimento de arte de pesquisa, os experimentos
realizados pelos artistas neoplásticos foram essenciais para a arquitetura moderna, assim como para a formulação do que
hoje se conhece por design. Embora muitos vejam o
Neo-Plasticismo como produto da revolta moral contra a violência irracional que
assolava a Europa, alguns outros fatores foram essenciais para o nascimento do
movimento, como o cubismo, que desfigurou os modos tradicionais
de representação; o idealismo e a austeridade do protestantismo holandês; o
viés místico da teosofia, movimento do qual Piet Mondrian era
membro.
Composição
com vermelho, amarelo, azul e preto. Quadro de Piet Mondrian - 1921.
Marlene
Bizarro Zary
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